Honda Fit 1.4 falhando e engasgando
Motor funciona normalmente quando em marcha lenta, porém ao andar, engasga nas saídas e quando a rotação do motor está estabilizada em qualquer RPM. Outro sintoma do mesmo problema é a perca de aceleração. O motor começa a cortar a rotação em torno de 5.000 RPM.
Ao se acessar com scanner a ECU geralmente apresenta o código P336, que é o protocolo de falha para o sensor CKP (sensor de rotação). Mesmo com a substituição do sensor que fica posicionado na frente da polia do virabrequim, a falha persiste.
O problema é causado pelo sistema de ignição, e o motivo desta falha é a interferência eletromagnética causada geralmente pelas velas de ignição, mas que também pode ser causada pela bobina de ignição. A falha ocorre nas velas de ignição por dois motivos distintos:
1- O desgaste das velas de ignição. É muito comum que em revisões e manutenções, os mecânicos ou até mesmo os concessionários não substituírem as velas antes dos Km 70.000. Por se tratar de 8 velas, há a tendencia de se “achar” que as velas de ignição sofrem menos desgaste do que os carros que usam apenas 4. É um erro que apesar de primário, é muito mais comum do que se imagina. A substituição dos componentes de ignição devem ser feitas de acordo com o desgaste. Temos que lembrar que há muitos fatores que encurtam a vida das velas, como por exemplo, o combustível.
2- A instalação de velas não resistivas. As velas de ignição instaladas de forma inadequada, são a maior fonte de problemas no Fit 1.4. Muitos mecânicos ainda persistem em tentar “economizar” e acabam por gerar mais problemas do que resolver. As velas de ignição trabalham com uma tensão muito elevada e com descargas rápidas, então tendem a induzir campos eletromagnéticos.
Descobriu-se também que assim como os antigos Fiat, o módulo de injeção do Fit é muito suscetível a esse tipo de problema, podendo ele também ser causado pelas bobonas de ignição. Em todo caso, como o valor das bobinas são elevados, recomendo primeiramente a troca das velas.
Muitos dos problemas causados por interferência eletromagnética são muito difíceis de se diagnosticar, mesmo com o uso de scanner.
A causa deste problema, que implica na interferência no processo de calculo da ECU pode causar danos permanentes, dependendo da intensidade da frequência do pulso eletromagnético que a ECU é submetida.
Também é muito comum, atribuir este problema à transmissão automática. Vale lembrar que as falhas no sistemas de transmissão são indicadas pelo mostrador do painel que indica as marchas. Ao encontrar uma anomalia, o mostrados começa a “piscar”, indicando uma falha presente no sistema, que deve ser acessada através do uso de um scanner.
Neste caso também recomendo observar o estado do óleo e do filtro de óleo do sistema de transmissão automática, que são os maiores causadores de problemas no corpo de válvulas deste sistema!
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