Dicas Automotivas – Código de Falha – Ford – Protocolo EEC-IV

Dicas Automotivas – Código de Falha – Ford – Protocolo EEC-IV

Tabela de códigos de falhas do sistema EEC-IV

A UCE monitora constantemente os sinais recebidos de vários sensores do sistema de injeção/ignição e compara com os valores gravados em sua memória.
   Quando é detectado um funcionamento anormal de um componente ou circuito, a UCE armazena o código especifico do componente avariado, na sua memória, até o componente ser consertado e os dados da falha armazenada serem limpos. Estes códigos indicam quais falhas estão ocorrendo ou ocorreram durante o uso do veiculo.
   Os códigos de falhas podem ser obtidos através do uso de uma lâmpada (LED + resistor de 1KΩ em série) ligado no conector de diagnósticos da UCE. A ligação é feita conforme o desenho abaixo.

Após efetuar esta ligação, acione a chave de ignição. Os códigos começarão a serem emitidos na forma de piscadas da lâmpada, um código de cada vez, sempre do menor para o maior valor. Os códigos são na forma de dois dígitos (como exemplo 14, 21, 23, 41, etc…).
   Sendo assim, a lâmpada emite a primeira piscada de 0,5 segundo de duração, com uma pausa de 0,5 segundo para a próxima piscada, e após piscar o número de vezes relativo ao digito, dá uma pausa de 2,0 segundos para o próximo digito, sendo cada digito representado pelo número de vezes que a lâmpada pisca. Quando termina de emitir o número de dígitos do código, acontece uma pausa de 4 segundos para o próximo código. Após emitir todos os códigos, a UCE começa a repetir todos os códigos novamente, mais uma vez somente ou até desligar a chave de ignição ou a ponte de fio entre os terminais 46 e 48.
Como exemplo os códigos 21 e 42.

 


Tabela de códigos de falhas do sistema EEC-IV:

Veículos FORD e VOLKSWAGEN
Escort 1.6, 1.8 e 2.0
Gol 1.0, 1.6 e 1.8
Royalle 1.8 e 2.0
Pointer 1.6 e 1.8
Versailles 1.8 e 2.0
Santana /Quantum 1.8 e 2.0
Verona 1.8 e 2.0
Logus 1.8 e 2.0

Tipos de testes
   O sistema EEC-IV (Eletronic Engine Control – IV generation / Controle Eletrônico do Motor – 4a geração) possui dois tipos diferentes de testes com emissão de códigos de defeitos:
• Teste estático;
• Teste dinâmico.
O teste estático é acionado com o motor parado, onde são analisadas duas memórias da UCE:

• Memória KOEO (Key On, Engine Off / Chave de ignição Ligada, Motor Desligado): memória onde é armazenado os defeitos detectados durante a execução do teste estático;
• Memória KAM (Keep Alive Memory / Memória de manutenção): memória onde é armazenado os defeitos passados detectados durante o uso normal do veiculo;
   O teste dinâmico é executado com o motor em funcionamento e analisa a memória KOER (Key On, Engine Running / Chave de ignição Ligada, Motor Funcionando), que é responsável pôr detectar e armazenar falhas durante o teste dinâmico.
   Ao fazer a leitura dos códigos gravados no sistema EEC – IV, sempre comece pelo teste estático. Somente após ser(em) resolvido(s) os defeitos apontados nesta etapa é que deve-se passar para a etapa seguinte (teste dinâmico).

Teste estático
Para execução desta etapa, os seguintes passos devem ser seguidos na seqüência correta, para UCE poder seguir sua rotina de testes.
1) Ligar a chave de ignição “SEM DAR A PARTIDA NO MOTOR”;
2) Ligar a lâmpada no terminal 17 conforme desenho;
3) Fazer a ponte de fio entre o terminal 46 e 48 do conector de diagnóstico. Neste momento a lâmpada emitirá uma piscada isolada, indicando que a emissão dos códigos da memória KOEO (defeitos presentes no sistema) irá começar dentro de alguns segundos.
4) Passados alguns segundos após a piscada inicial, a UCE vai emitir a seqüência de códigos de falhas gravados na memória KOEO. Anote os códigos e procure na tabela.
5) A UCE repete a seqüência de códigos da falhas mais uma vez somente (duas vezes ao todo).
6) Após a segunda emissão de códigos, há uma pausa de 9 segundos e emitirá uma piscada isolada da lâmpada, indicando que a emissão dos códigos de falhas da memória KAM (defeitos passados armazenados) irá começar dentro de 5 segundos.
7) Passados 5 segundos, a UCE começa a emitir a seqüência de códigos de falha da memória KAM.
8) A UCE repete a seqüência de códigos da falhas mais uma vez somente (duas vezes ao todo) e finaliza o teste estático.


Códigos de falhas da memória KOEO (Defeitos atuais)

11 Sistema normal, sem falhas presentes.
15 Falha na alimentação da UCE
19 Falha na alimentação da UCE (pino 26)
21 Sensor de temperatura do liquido de arrefecimento do motor
22 Sensor de pressão absoluta
23 Sensor de posição da borboleta
24 Sensor de temperatura do ar
51 Sensor de temperatura do liquido de arrefecimento do motor
52 Sensor de pressão da direção hidráulica
53 Sensor de posição da borboleta
54 Sensor de temperatura do ar
61 Sensor de temperatura do liquido de arrefecimento do motor
63 Sensor de posição da borboleta
64 Sensor de temperatura do ar
67 Relê do ar condicionado
85 Válvula de purga do cânister
87 Relê da bomba de combustível
95 Relê da bomba de combustível
96 Relê da bomba de combustível


Códigos de falhas da memória KAM (Defeitos passados)

11 Sistema normal, sem falhas presentes
14 Falha de pulsos no sistema de ignição
15 Falha na alimentação da UCE (pino 26)
18 Circuito de saída da ignição (SPOUT) aberto
22 Pressão do coletor de admissão fora da faixa

25 Sem sinal de batida (sensor de detonação) durante resposta dinâmica
29 Falha no sensor de velocidade
41 Sensor de oxigênio na descarga não efetua leitura
51 Temperatura do liquido de arrefecimento abaixo da faixa de trabalho
53 Abertura de borboleta acima da faixa de trabalho
54 Temperatura do ar abaixo da faixa de trabalho
61 Temperatura do liquido de arrefecimento acima da faixa de trabalho
63 Abertura de borboleta abaixo da faixa de trabalho
64 Temperatura do ar acima da faixa de trabalho
87 Falha no circuito do relê da bomba de combustível
95 Falha no circuito do relê da bomba de combustível, curto ao terra
96 Falha no circuito do relê da bomba de combustível, curto ao positivo


Teste dinâmico
Para execução desta etapa, os seguintes passos devem ser seguidos na seqüência correta, para UCE poder seguir sua rotina de testes.
1) Dar a partida no motor.
2) Ligar a lâmpada no terminal 17 conforme desenho, de forma tal que possa ser vista de dentro do veiculo.
3) Fazer a ponte de fio entre o terminal 46 e 48 do conector de diagnóstico. Neste momento a lâmpada emitirá duas piscadas rápidas, indicando que a emissão dos códigos da memória KOER (defeitos presentes no sistema durante a execução do teste dinâmico) irá começar dentro de alguns segundos. Entre no veiculo e observe a lâmpada.
4) Passados alguns segundos após as duas piscadas iniciais, a UCE entra na rotina de teste KOER, com o teste inicial do controle de rotação do motor, oscilando várias vezes durante mais ou menos 30 segundos.
5) Ao parar de oscilar a rotação, a UCE emitirá uma piscada isolada, imediatamente, dar um rápido toque no pedal do acelerador até o final do curso, liberando o pedal rapidamente. Após esta ação o motor pode apagar, mas é considerado normal este fato.
6) Neste momento, a UCE vai emitir a seqüência de códigos de falhas gravados na memória KOER. Anote os códigos e procure na tabela.
7) A UCE repete a seqüência de códigos da falhas mais uma vez somente (duas vezes ao todo) e finaliza o teste estático.


Códigos de falhas da memória KOER (Defeitos presentes durante o teste dinâmico)

11 Sistema normal, sem falhas presentes
12 Atuador de marcha lenta não eleva a RPM
13 Atuador de marcha lenta não reduz a RPM
18 Circuito de saída da ignição (SPOUT) aberto
21 Temperatura do liquido de arrefecimento fora da faixa de trabalho
22 Pressão do coletor de admissão fora da faixa
23 Abertura de borboleta fora da faixa de trabalho
24 Temperatura do ar fora da faixa de trabalho
25 Sem sinal de batida (sensor de detonação) durante resposta dinâmica
41 Sensor de oxigênio na descarga indica mistura pobre
42 Sensor de oxigênio na descarga indica mistura rica
52 Circuito do sensor de pressão da direção hidráulica não muda de estado
72 Depressão insuficiente do coletor de admissão durante a resposta dinâmica
73 Aceleração insuficiente do coletor de admissão durante a resposta dinâmica
77 Resposta dinâmica não executada
98 UCE em estado de emergência*

(*) Nota: Um bom indicativo para determinar se a UCE está em estado de emergência, é observar o funcionamento da bomba de combustível. Quando ligarmos a chave de ignição, a UCE tem um consenso temporizado de 3 segundos, mais ou menos, para pressurizar o circuito de alimentação.
Se a bomba de combustível permanecer funcionando permanentemente, mesmo sem o motor entrar em funcionamento, é o indicativo de UCE em estado de emergência.
Quando um código que não consta na tabela for apresentado, refaça o teste novamente (pode ter sido efetuada uma contagem incorreta). Se o código não reconhecido continuar sendo apresentado, e houver uma UCE para teste, coloque-a e refaça o teste para confirmar o código. Ocasionalmente, a UCE acusa falhas, quando de fato é meramente um conexão com mau contato ou oxidação.

Limpeza da memória e procedimentos finais
Após a falha no sistema ser corrigida, faz-se necessário limpar a memória da UCE. Para isto, após reparar o sistema, remova o cabo terra da bateria pôr 60 segundos, no mínimo. Religue o cabo, de a partida no motor, espere atingir a temperatura normal e execute um teste de rodagem para que a UCE detectar se falha foi corrigida corretamente e não detectar nenhuma outra falha.

Check-list do sistema EEC-IV (sistema CFI e EFI)
1) Teste de medição de resistência (Desligue a UCE e o cabo negativo da bateria).

Componente/Descrição Pinos Especificação Comentários
Tensão de bateria 37 e 57 < 0,5 Ohms Todas as Resistências
Tensão de bateria 40 e 60 < 0,5 Ohms  
Retorno do sinal para alimentação 46 e 37/57 Circuito aberto  
Retorno de sinal para o terra 46 e 40/60 Circuito aberto  
Alimentação para o terra 37/57 e 40/60 > 3 MOhms  
Terra para o chassi 20 e 40/60 < 0,5 Ohms  
Terra de ignição 16 e 40/60 < 0,5 Ohms  
Terra (saída da UCE para os sensores) 46 e 40/60 < 0,5 Ohms Ligar a UCE
Terra (saída da UCE para sonda de O2) 49 e 40/60 < 0,5 Ohms Ligar a UCE
IDM (circuito monitor de ignição) 4 e 40/60 22 KOhms Gol valor 10 KOhms
IDM (circuito monitor de ignição) 4 e –1 Bobina 10 ou 22 KOhms Desligar o módulo TFI
Bomba de combustível e monitor 8 e 40/60 1,5 a 5,0 Ohms Para sistemas EFI
Bomba de combustível e monitor 11 e 40/60 1,5 a 5,0 Ohms Para sistemas CFI
Ar condicionado 10 e 40/60 1,5 a 5,0 Ohms  
Interruptor da direção hidráulica 28 e 46 < 1,0 Ohm  
Sensor de temperatura da água 7 e 46 2 a 75 KOhms  
Sensor de temperatura do ar 25 e 46 10 a 75 KOhms  
Sensor de posição de borboleta 47 e 46 1 a 1,5 KOhms Borboleta fechada
Sensor de posição de borboleta 47 e 26 2 a 4 KOhms Borboleta fechada
Motor de passo (CFI) 13 e 14 50 a 60 Ohms Sistemas CFI
Motor de passo (CFI) 31 e 32 50 a 60 Ohms Sistemas CFI
Solenóide da marcha lenta (EFI) 21 e 37/57 11 a 13 Ohms Sistemas EFI
Válvula injetora 59 e 37/57 1,5 a 2,0 Ohms Sistemas CFI
Válvula injetora EFI cil 1 e 4 58 e 37/57 7 a 9 Ohms Em paralelo
Válvula Injetora EFI cil. 2 e 3 59 e 37/57 7 a 9 Ohms Em paralelo
Relê da bomba de combustível 22 e 37/57 70 a 80 Ohms Versailles (EFI/CFI)
Relê de corte do A/C 54 e 37/57 90 a 100 Ohms  
Válvula do cânister 35 e 37/57 60 a 70 Ohms Somente à gasolina
Relê de partida à frio 53 e 37/57 70 a 100 Ohms  
Sensor de detonação 19 e 23 Circuito aberto Somente em EFI
Sensor de detonação 19 e 23 Valor em AC Batidas leves no sensor
Blindagem sensor detonação 3 e 40/60 < 0,5 Ohms Ligado à terra (EFI)
Linha SPOUT 36 e 5 TFI < 0,5 Ohms Desligar o módulo (TFI)

 

Módulo TFI – Aplicação: EEC-IV com sistemas CFI e EFI.

Montadora: Ford e Volkswagen. Ligações entre o módulo TFI e a UCE:

Pino módulo TFI  Pino UCE Função
1 16  Massa para o sensor Hall e massa da ignição (IGNGND)
2 4 Negativo (linha 1) da bobina de ignição (através do filtro IDM)
3 Livre Alimentação (linha 15) para a bobina de ignição e módulo TFI
4 Livre Alimentação (linha 15) para o sensor Hall
5 36 Sinal do avanço de ignição (através do “Shorting Plug” ou conector SPOUT)
6 56 Sinal do sensor Hall (PIP)

Testes no módulo TFI

1) Desligar a UCE;
2) O módulo TFI deverá estar “LIGADO”;
3) Ligar o multímetro nos pinos 1 e 2 do módulo TFI;
4) Dar partida no motor;

 

Jay

J. Massamy Taniguchi Sócio proprietário da Web Automotivo - Soluções Automotivas. - Consultor técnico; - Programador e responsável pelo centro de diagnóstico; - Técnico em eletrônica automotiva; - Técnico do laboratório de manutenção. - Especializado em eletrônica embarcada, recuperação e manutenção de acessórios automotivos e sistemas de controles automotivos como: injeção, ABS, SRS, ASP, ESP, BAS, Direção elétrica assistida, entre outros.

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